na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos,
viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,
teria mais problemas reais
e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e profundamente cada minuto de sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver
trataria somente
de ter bons momentos.
Porque se não sabem, disso é feita a vida,
só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas e,
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo"
Este texto, dos que guardo com carinho fica aqui agora, comigo.
A maioria, atribui a autoria a José luis Borges, tal como nas escolas nos presenteiam como exemplo de um livro de Ruben Alves.
Na verdade, este texto correu mundo, ouvi-o em bocas bonitas, em volta de uma fogueira, e sua autora uma desconhecida poetisa, de nome Nadine Stair, que o publicou em 1978, 8 anos antes de Borges falecer.
Por erro crasso de jornalismo, foi assim que o ouvi
Instantes
Instantes
Não interessa, é bonito e diz tanto!
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