Gustav Klimt, Árvore da Vida
Olho o tempo cinzento de uma janela, está mais frio em mim que lá fora. Olho a vida que passa alheia, olho as margens que já não me escrevem e os poemas que a noite anseia. Olho a chuva salgada que me molda, arruaceira calada, transpiro a seiva molhada de mil formas.
Em mim, sinto todos os lugares onde me vi florescer e sorrir, zangada, mando-os calar e eles falam mais alto que a voz que treme desgostosa. A gargalhada assolou-me de tal forma que ecoa agora como trovoada.
Da ira, restam agora cinzas espalhadas. Doi do tamanho de uma nevoa azulada num qualquer fim de tarde.
Mestria em esgrimir e encenar estares enquadrados e ritmos conjugados aqui e ali, não estou em lado nenhum e porém, ouço-me como nunca me ouvi.
6 comentários:
Minha querida
faço das tuas palavras as minhas .
belo texto.
beijinhos
Sonhadora
Amiga,
não diria melhor o que sinto e o que me vai na alma em permanente desassossego.
Bom Domingo
Olá milhita...
já há algum tempo que não nos "víamos"hem!!
As tuas palavras,reflete o sentir da tua alma.
Pode o teu coração estar " frio" no momento,mas.....!olha a vida lá fora.......!persegue os sonhos com realismo,acredita neles e aí verás que o Amor e a paixão entrará como uma flecha de cupido...
beijos
O cinzento do dia faz sobressair ainda mais o cinzento da alma, mas não nos podemos entregar sem luta. Amanhã, no espaço temporal ou apenas psicológico, será melhor e a chuva e as nuvens de hoje darão lugar a um Sol radioso, lá fora e cá dentro. Quanto às palavras, continuam a hipnotizar quem as lê, sempre com essa mestria na ponta dos dedos. Um bj.
Deixa acender o coração.
Um grande beijinho de admiração Obrigada!
www.alinguagemdosrostos.blogspot.com
nunca te esqueças que existem centenas de tons cinzentos :)
bj
teresa
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