Hoje, lembrei-me de uma história que a matemática me ensinou, uma história dispersa no contexto, encantada de imagens que construi... Imaginei a praça concava de Siena, os passos ancestrais, as ruelas que embocam ali, os vasos coloridos nas janelas e as caras morenas sentadas nos degraus de pedra quente, ao meio dia. E nesse instante andei no tempo, enquanto aspirava a mesma historia pintalgada de mistério. Pitagoras, aquele homem enorme, de barbas brancas como impunha na altura, e uma vara que valeria mais que um conto. erguida por lição no mesmo instante que a via.
Nesse momento, tudo é claro, tudo é dia, os contornos formam-se em relevo, não há sombra que ligue os corpos ao cinzento, e os astros deixam um rasto de ensinamento, deuses esbeltos nos olhos de quem ousaria ver mais que via.
Deste dia, fiz claridade de mão beijada, de desejo inflamado e falado nos meus olhos presentes, de ventania fiz memoria e de um mar agitado, celebro o mesmo momento que me ilumina acompanhada de mim.
Fiz ainda, cada dia, meio dia, meia vida, fiz alegria sentida, numa tarde que em a calmaria haveria de encher-me a mim, celebro baixinho sem medo, cada memória que guardo, cada conto que me houve ser contado, cada história e enredo, um travo de mais conhecimento e este tempo, este caminho, esta neblina ainda menina que me me enebria por dentro. Não de alegria de Verão, um sorriso pequeno, um olhar estonteante para cima, erguendo o pescoço o mais que possa, olhar o sol e agora a Lua e ficar assim, ,meia tonta!
Fiz ainda, cada dia, meio dia, meia vida, fiz alegria sentida, numa tarde que em a calmaria haveria de encher-me a mim, celebro baixinho sem medo, cada memória que guardo, cada conto que me houve ser contado, cada história e enredo, um travo de mais conhecimento e este tempo, este caminho, esta neblina ainda menina que me me enebria por dentro. Não de alegria de Verão, um sorriso pequeno, um olhar estonteante para cima, erguendo o pescoço o mais que possa, olhar o sol e agora a Lua e ficar assim, ,meia tonta!
Com a mente à volta, os braços abertos, como no tempo de menina em que rebolava por uma encosta até não saber parar, levei-me mais longe, onde as pedras silenciosas perpetuam a homenagem. Danço sem par, sem compasso, danço ao som dos elementos, danço de sentidos que me despertam cá dentro, e assisto em silencio à magnificência tamanha da vida.
3 comentários:
As minhas coordenadas cósmicas trouxeram-me, mais uma vez, até aqui neste solstício.
Gostei do texto e desejo-lhe uma semana luminosa.
Minha querida
Soberbo texto...muito belo.
Fiz ainda, cada dia, meio dia, meia vida, fiz alegria sentida,
Beijinhos
Sonhadora
Bonito. Sabes que estive lá neste dia? E no de Inverno também. Foi qualquer coisa trancendental. Estavam mais de 20 000 pessoas; e o facto de este ano se ter visto o Sol nascer fez da celebração algo que nunca tinha visto. Brevemente ponho uma nota no Terminal e algumas fotos.
Fui de mão dada comigo...pois, tambem eu e acredita que não fui nada mal acompanhado. E vim melhor pessoa.
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