O mel que o Senhor Arlindo me ofereceu, é forte e faz-me bem, misturado com um chá que fiz de ervas do jardim. Os lenços de papel continuam por aqui e o meu nariz está atomatado, mas sinto-me melhor. Está a passar.
Reconheço o quanto fico piegas nesta altura e noutra qualquer.
Gostava de ter um colo quentinho para me enroscar, sempre. Não passou com o tempo, não há-de passar, deve fazer parte de mim.
Por isso não me entendo, porque amanhã, enceto outra caminhada por sítios que nem conheço, manuseio perigos conhecidos, perco-me em estradas desabitadas e, gosto tanto.
Sou uma menina a julgar-me destemida, ou uma guerreira mimada?
Sinto-me sozinha e acompanhada.
As pessoas, na banalidade, cansam-me. Os defeitos expostos, como os meus, chateiam-me, como se precisasse da arte do imaginário para me enquadrar.
Sinto-me melhor.
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