Nas asas de um sonho feito de mim, enfrento hoje o que me assusta.
O que resta de ficar sem ti?
Desse olhar que não me vê, dessas mãos que me desejam, dos retornos vazios da fantasia de querer perder-me em ti e na vida que sempre quis contigo.
Não foi uma despedida porque as minha palavras ouviram-se noutro lugar.
Não tenho asas, estão perras e caidas, mas sei ser capaz ainda de voar.
Estou parada nesta clareira onde volto sempre e me encontro; neste lugar onde cresci e posso gritar e chorar as lágrimas que me apetecer... Afinal sei parar! Aqui falo comigo e neste medo atroz de reaprender a dizer alto, o estatuto que a minha vida confirma sem ter querido reparar... Tudo está no seu lugar.
Este silencio é-me familiar, somos amigos e existe vida nesta solidão. Estou cheia de mim e desta dor que me acompanha e que reclamou o seu lugar. As palavras são já passado e, nem disseram nada.
Ergo as minhas mãos em honra da minha bandeira, hasteio-a ao vento sem precisar de mais nada. Quero chorar até me cansar e, de seguida, continuar neste lugar.
1 comentário:
O lenço com que me saúdas!
O cheiro com que me embrulhas...
Trouxe-te comigo de mim...
Ontem ao descer a serra estavas aqui...
Senti a tua presença da ilha...
Logo, logo te falei...
Sabia, sabia exactamente…
Ali, ali profundamente banal e obvio..,
Normal e vulgar…
Mas.....
Tão, tão importante
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