É no limiar de dois tempos
Quando a morte se despede e a luz se anuncia
Neste compasso de espera
Nesta hora
Entre a noite e o dia
É quando antes os meus dedos me ilustravam
memórias, arco iris, de neblina colorida
De silencio, mais palavras
A coisa tremenda da vida
É a hora que me acolhe
Soma das horas, dos dias
Das tempestades, calmarias
Das vidas entoadas de notas soltas
sentidas
É neste momento que ouço
Limpido, cristalino
Um som de fundo, baixinho
vislumbre, passo do caminho
A voz da minha hora
Despertar do meu mundo
Soubesse agora, prender este instante
Um segundo da minha hora
Que não me o negue, que não me acorde
Que me queira desperta e demente
Sentida de ser
Que é a vida esta coisa tremenda de acontecer
Que me queira desperta e demente
Sentida de ser
Que é a vida esta coisa tremenda de acontecer
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