07 agosto 2014

Há um campo sobranceiro à minha vista, outrora pleno de girassois concordantes, agora vazio e sem cor. Alguém desistiu, de pintar de cor o horizonte.
Hoje existe um vazio que não me deixa, como essa terra sedenta  e sem fonte.
Um esquecimento, uma mescla de mim sem me deixar ser.
Hoje ilumino-me de silencio, um calar de palavras na espera de se fazerem ouvir.
Sou assim? Não sei.
Tenho o coração cheio de vazio, tenho o mesmo medo que não enfrento
De um grito, expirado, muito alto, cá de dentro, de dar voz a este silencio

Depois viajo, prefiro o campo como o vejo
Prefiro o sonho de ser enfim
Tão imperfeita, tão cheia de mim

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