11 outubro 2010

Retornei ao sitio onde o Sol espreita e brinca no nevoeiro, bailam imagens na minha mente que se soltam sem que queira. Da distancia faço passadas já guardadas  na areia, olho o mar revolto que me parece ser paz, leio a rocha fragmentada pelo anseio de ser história sem fim. Sento-me e conto as ondas no mesmo sentido que a maré que me invade a memória. 
Sei da minha cara molhada que reflete a distancia tornada presença, cada instante em que a solidão se transforma numa dança cheia de tudo e de nada, deito-me na areia molhada e conto-nos acerca da força que o mar tem em mim, baixinho para que ouças o que quis dizer, sem palavras presas nos olhos. Falo em silencio, deste momento em que me apetece chorar sem razão, do conflito onde busco a paz e desta nevoa clara que aqui me traz. 
Ouves? 

3 comentários:

Jorge disse...

Olá Milhita,
Passei por aqui para matar saudades.
O mar influencia o nosso estado de espírito de maneiras diferentes. Quem "mergulha" no silêncio do mar não passa sem lá voltar.
Abraço amigo.
J

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida
Tinha saudades de ti.
Como sempre me revi no teu texto.

Falo em silencio, deste momento em que me apetece chorar sem razão, do conflito onde busco a paz e desta nevoa clara que aqui me traz.
Ouves?

Lindo

Beijinhos com carinho
Sonhadora

marta marques disse...

escuto-te com atenção e coração....SEMPRE!