25 maio 2009

Estridencias

Enquanto percorro os 80 canais que agora me entram pela casa adentro, sem conseguir encontrar nada que me ajude a desligar este som industrial que insiste em soar na minha cabeça, ajudado por uns tantos sobressaltos sempre que os pensamentos alcançam algum timbre racional, sento-me no meu sofá e saboreio o pudim de mel que deixei queimar hoje no forno. Ja cheguei a conclusão que, apesar do aspecto, fica bem melhor assim.
Acabei de ler "Ser-se coerente uma vida inteira é um dos maiores actos de falta de inteligência que conheço". Respiro fundo e agradeço. Não sou só eu a achar-me uma autentica anormal.
Quando cheguei a casa, a minha vizinha, passeava o corpo ja quase em decomposição pelo meio da rua, sorria não sei de quê, falava não sei para quem, pareceu-me feliz, mesmo assim.
Até eu me sinto feliz mesmo assim. Mesmo quando a revolução industrial é revivida dentro de mim.
Olha, não sei, não me chateiem, não quero saber.
Quero viver.

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