09 março 2010

Se não me basta, o alcance do meu olhar, se nas manhãs adversas sonho com um pássaro gigante que cruza os mares com o unico propósito de retornar, o instante necessário para voltar a partir. Se nas tardes amenas, aspiro as madrugadas fundidas de mar. Se à noite me embalo nas planicies castanhas onde um dia morarei. Se vejo, se o que tenho é incorpóreo, raiz de sonho, semente de esperança.
Se as palavras são prosas e a musica calmaria, se o vento do Sul me acorda e o vinho nos chama, se o que mais  há está dentro de um desenho num recanto da praia.
Se não me basta o permeio, se este cheiro me invade lantejante, se a morte seriam sempre as ultimas palavras de um conto sem tempo. O que me chama?
Se anseio, desejo.
O que me chama?

2 comentários:

Miguel disse...

A vida. É a vida que sempre nos chama e nem sempre a ouvimos ou fingimos nem notar, é a vontade de ser gente, o encaixe certo no enorme puzzle que é a vida, o sonho feliz da esperança concretizada, o Eu completo que não se contenta de metades. As palavras que aqui encontro têm sempre o condão de me inspirar, às letras e à vida.

Sonhadoremfulltime disse...

Querida amiga,
não sei o que te chama, nem o que me chama.
De qualquer forma vivemos a vida que nos desassossega.

Abraço