03 março 2010


Sou pequena, sei que sou, basta olhar o fascínio que o mundo me traz e, a seguir colocar nele, o espaço que ocupo e o poder de o mudar. Desígnio do meu ser, voz que me ouço, sem saber, ecoa em mim um qualquer sabor, como se parte de mim, conhecesse o que a outra não sabe.
Tudo é efemero, tudo, tudo transborda de infinito até que passa. Tudo é magma que assola, até se fundir em cinza na rocha que já existia.
E eu sabia, soube sempre.
Sabia como sei chorar quando doi e rir quando brilham os meus olhos.
Hoje, não choro, não rio.
Sou simplesmente a parte que ocupo num mundo fascinante.

Esta imagem esfumada, vale mais que qualquer história repetida, que qualquer fabula ou conto anunciado.
Reflete os sentidos que sopram, comanda a vida que passa.
O resto, episódios.

3 comentários:

Miguel disse...

Por muito pequenos que sejamos não devemos subestimar o nosso poder de transformar, de mudar seja o que for, de nos reduzirmos a nós mesmos a uma imagem desfocada. Todos temos o poder - e eu sei que é fácil falar quando afinal fazemos o contrário do que dizemos aos outros - de mudar, nem que seja o nosso destino, pelas opções, pela coragem de fazer parte desse tal mundo que por vezes consegue ainda surpreender-nos pela positiva, fascinante. Quem me dera também rir mais que os meus sorrisos tímidos, chorar mais que as minhas habituais lágrimas secas, arriscar além das palavras e da imaginação.

Olga disse...

O grande sabe que é pequeno, só o pequeno pensa que é grande! (Vergilio Ferreira)

Sonhadoremfulltime disse...

Amiga pequena.
Apesar de pequena és enorme nas palavras.


Beijo