19 junho 2010

Senhor Cruz

Tenho vergonha de um pais assim, tenho pena de tantos que não puderam ser vistos nas suas casas, de árvore de natal por detrás, em retrato de família, como ele. É arguido, ponto final!
Não sei se é culpado, pedófilo, comedor de crianças ou amigo dos animais, é arguido num processo que enoja, que cansa, que nos sai dos bolsos todos os dias.
É arguido, e ninguém tem ainda que eu saiba, que lhe pedir desculpas por isso, nem a ele, nem ao senhor primeiro ministro, contra quem nada se prova nem provará. Somo um povinho encolhido, com o sr Dr, sr Eng e aquele apresentador que dava uns prémios e ficava tão bem a divulgar o euro.


Entramos na era das cabalas? Não temos mais nada que fazer que andar a perseguir este e aquele personagem como se fossem alvos inimigos de grande dimensão? A nobreza do silencio é sublime, senhores, e eu prescindo de manobras natalícias. Sou capaz de mudar de opinião, porquanto me atreva a crescer, ou a mais saber, por ora, o senhor é arguido, está a ser julgado, esteja calado.  
Ou algum Lisboeta se descarta de, tal como eu, ser testemunha muda do abuso criminoso e dos carros faustosos no parque Eduardo VII, enquanto fumava um cigarro na relva e comentava o caso? Não fiz nada, tal como nada fiz nas saídas diárias para a 24 de Julho, testemunha do cheiro a cola nas copas das árvores junto ao mercado. Enoja-me o povo boquiaberto como que cego do que sempre se soube, enoja-me doutas considerações e nenhuma politica exemplar para cada cabrão que se julgue com direito a abusar de uma criança.
Quero lá saber se este senhor é culpado ou não... Eu sou de certeza, por isto e muito mais!

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