23 abril 2009

Adeus D. Eugénia....

Ontem despedi-me de uma amiga, vi duas vidas conhecidas, uma cara adormecida que aprendi a ver sempre que olhava a janela. Era tão doce aquela cara. No meio desta gente que se julga senhora do que não tem, que bate portas com o mesmo estrondo com que falam, esta senhora irradiava outra luz.
Aprendi sobre a Azoia com ela, esteve comigo quando estive doente, lembrava-me a minha avó, convenceu-me a nunca desistir e a falar sempre baixinho mesmo quando outras se esforçavam tanto para gritarem alto o seu direito de me fazer calar.
Sei que aquela cara meiga e agora fria, ficou comigo, num espacinho construido por ela enquanto, em qualquer lugar, ouço uma paz qualquer de duas almas que se voltaram a encontrar. A solidão voltou a estar cheia de vida !
Adeus minha amiga.
Vou cuidar das tuas flores como me ensinaste. Entendi a harmonia que vem das pequenas coisas.

1 comentário:

Inês disse...
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