27 abril 2009

Como eu detesto a preferencia do Verão!

Tenho esta sensação de noite e de dia. Diria que sempre a tive.
Uma alternancia constante que se faz em dois tempos e no mesmo sopro de vida. Contrarios reais e que valem pelo oposto que se segue. Guerra e Paz, Frio e Quente, Noite e Dia.
Estranha esta minha sensação.
Encontro-a em tudo na minha vida, e por vezes alimento-me dela. Aqueço as minhas lágrimas com a certeza do sorriso que a segue; nas pedras soltas em rajadas sopradas, vejo a seguir calmaria, naquele mar de vida que não sentia do cimo de Lisboa, algo me dizia que um dia seria eu mesma voz de vida. Vejo-me noite e vejo-me dia. Aqui não espero que a minha mente ainda desperta me siga, e não sou crente ao ponto de acreditar numa mão divina. Também não é um acaso.
O Verão é Verão porque existe um Inverno, e não se defrontam, cohabitam em dois compassos do mesmo tempo. E eu não sou metade, desfaço-me nos contrarios destes dias em que laços e abraços já não são nós. Nós que desato em abraços feitos de nós.
Como eu detesto a preferencia do Verão!

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