11 dezembro 2009

Cada vez mais desconfio das intenções, das exclamações e das palmadinhas nas costas.
Cada vez que olho com ar atento, acalento-me da convicção que o que sinto é mais estranho exposto do que se fosse camuflado em lufadas aparentes do que soa melhor.
Cada vez que olho de novo, convenço-me que há encruzilhadas cerebrais, há alegorias, que a carne que partilho se convence de uma orquestra sinfónica de músicos mentais. Que a Lei do mais forte actualiza-se para a Lei do mais esperto, que a supremacia de caracter se verga à esperteza saloia do que fala mais alto e depressa.
Desconfio da minha desconfiança e, sento-me no caminho a achar que não presto, com as baboseiras que sinto e mais as que penso. Desconfio da falta de assinatura no fim das páginas, desconfio de palavras camufladas e dos silencios, desconfio da primeira letra como da primeira imagem.
Confio-me a desconfiança de me deixar ser, pequena, errónea, cabra, falsa e o que mais me apetecer acrescentar.
Porquê? Porque o que mais há, estará ao alcance de quem vê. E eu, parece que ando a ver melhor.

O resto? Caminhar e, se tropeçar, não faz mal, aprendi a levantar e sacudir-me.

2 comentários:

continuando assim... disse...

ainda bem que vais abrindo os olhos .. à hipocrisia :)
bj
teresa

Luz disse...

Amiga da alma,
Que dizer..., como te compreendo e, como sinto cada uma das tuas palavras.
É a vida..., mas não pode ser...

Abraço apertado de Luz