29 dezembro 2009



Noite sem sono, contando as poucas horas que faltam para mais uma estrada qualquer, sai de mim para me ler.
Numa noite clara, as palavras parecem pirililampos ofuscados de luz, muitos, pequenos, parecem silabas sem fim... Atordoada com a minha ausência, apagada , vi-me enfeitada de cores e imagens, de uma tela gasta e sem expressão.
Os livros amontoados à minha volta, a vontade e os meus pés fincados no chão onde não moro.
Como é que aqui vim parar?
Se na minha histórias há fados e sonho, se há uma madrugada tão clara.
Que encruzilhada me torno?
Li o inicio e num piscar de olhos, agora, que vazio tão grande me separa?
Vou ali.
Venho já.
Que este dia que aguarda, que tarda, é só meu.
Olha para uma estrela pequena, que te ilumine na sombra.
Vai dizer que sou eu
Que me cheguei.

3 comentários:

sonja valentina disse...

há viagens assim, necessárias. acompanham-nos o silêncio das madrugadas sem fim e a solidão que escolhemos por companheira.
ao chegar temos a certeza de ser mais nós, mais fortes, mais inteiras.
viagens reconciliadoras. ir alí e voltar já... porque há sempre quem espere por nós.

Vento Nocturno disse...

Tentei comentar no post do Eugénio, não consegui...

Fica neste belo post :-)

Urgente
sentir
suavemente
um beijo
um simples toque
nos olhares
que se cruzam...

Bom 2010, que todos os teus desejos se concretizem.

Beijo grande

29 de Dezembro de 2009 19:0

Luz disse...

Amiga da alma de Luz,
Que post maravilhoso que invade todo o nosso sentir e o ser que queremos deixar ser. É necessário encontrarmo-nos e, mesmo assim, sós, na solidão como companheira de todas as nossas viagens e caminhos que percorremos. Partimos de nós e regressamos de novo!

Abraço pleno da alma de Luz, tu sabes :)