12 dezembro 2009

Tenho a sensação do tempo utilizado em esboçar de palavras gastas... Hoje, dizer que se ama é caro e está consumido. Em época de dar e de nos quedarmos no virtuosismo, consumimos palavras que antes sentidas são rotineiras.
Dá-se um abraço, entrelaçam-se mãos, dois beijos e "amo-te".
Amar é sempre a primeira vez, amar é hoje apostado de intemporal. Amar tem que ser único, tem que se dizer em sítios novos, em praias desertas e campos que esperam por nós. Amar tem que ser novo, não pode ser igual com novo sujeito. Têm que se guardar lugares para dizer uma vez só que se ama. Mas só uma vez.
Amar é enaltecer a unicidade, tem que ser.
Se não, não se ama, re-ama-se...

Vou inventar uma palavra nova.
Um sitio novo
Arvores novas, um mar lilás e uma lua vermelha, um sol às riscas e relva castanha, violas de 10 cordas e carros movidos a ar, vou inventar outro tempo e outros lugares.
Vou criar vontade onde não ainda ninguém chegou, vou caminhar por cima das pedras e rejeitar caminhos.
Vou pôr pulseiras nos pés e aneis nos cabelos e vou andar ao contrário.
Hoje fiz uma trança ao contrário e fui capaz.

3 comentários:

Manuel disse...

Não precisa de descobrir nada de novo.
As suas palavras, escritas, são uma invenção que confortam.

O Profeta disse...

À volta desta fogueira
Aquecem os corações, almas penadas
À volta desta fogueira ninguém foge
Todos contam lendas de pessoas encantadas

Todos rezam, todos pedem
Que desça o céu à terra
Todos falam de um anjo
Que travou uma santa guerra

Manto de água, mundo verde
Manhãs de sol posto no céu
Às vezes a luz perde-se na noite
À vezes um coração veste um negro véu


Mágico beijo

Luz disse...

Amiga da alma,
As tuas palavras, este teu sentir, este teu querer inventar sempre mais..., não precisas, tu és bem mais do que tudo isso que possas querer inventar. As tuas palavras provam-no!

Abraço da alma de Luz