13 junho 2009

A arte de renascermos

A arte de renascermos dos restos que ficam, é magnifica ! Nem que seja pelo sarcasmo da vitoria .

Por enquanto ainda junto os pedaços, espalhados, ainda me vejo ao longe. Por enquanto, desacredito que a dificuldade me alimenta e que a dor me acrescenta, à sombra de um tormento feito de quase nada em que me envolvo. Por enquanto, ainda me enrosco em mim e me aqueço e, quando consigo adormeço, embalada por mil pensamentos, estremeço, não penso, nem existo, sou por enquanto o que sinto.

As palavras já não pesam nas minhas mãos, soltei-as porque me magoavam, e sentada no chão, tento perceber o sentido. Estas peças soltas têm um destino, neste silencio cheio de gente que esta aqui longe de mim, estou tão cansada deste meu sentir repatriado.

Descobri, o essencial é invisivel aos olhos. Não o era para mim, não olhei, vi, mais do que vi, senti , e mesmo de olhos fechados , saberia ver-te! E a paz deste momento ainda mais sofrido rendeu-me à loucura do que olho e não aceito, do que descubro e não vejo e do que vejo e não sinto. Sinto-me assim. Os opostos tornaram-se regra, estou fria e tão quente, tão distante e tão perto dos pedaços de mim, estou presente e ausente e olho-me de frente, ao longe sem pena de mim. Choro e rio e então? Despeço-me e conheço-me, perco e agradeço? Não sei.


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