14 junho 2009

E...

E se de repente, a neblina que me envolve partisse?
E se da minha boca saissem as palavras que insisto em travar
E se nelas expressasse o que a minha alma cala e fala?
E se as minhas mãos mostrassem o que sou?
E se numa rua cheia de gente onde me ausento, gritasse?
De mim?
E se partisse?
Para mim?
E se as equações a que me vergo, se reduzissem a formulas erroneas?
E se pusesse tudo em causa?
Por mim?
O mundo parava de girar?
O mar não havia de deixar de me guardar quando não estou
E voltaria?
Estou sozinha no meio de tanta gente
Numa rua cheia e despovoada
cheia de nada.
vazia.
E se me cegasse ?
E parasse para ver?
Não via?

Sem comentários: