29 junho 2009

Como?

Regredir agora que despertei?
Voltar a adormecer agora que as histórias encantadas que contava e me embalavam, já só me encantam e não embalam?
Entrei. A porta abriu-se e sei que não vim espreitar. Abri-a devagar e sem procurar. Rangeu, moveu-se, iluminou-me, apoderou-se de mim. Pestanejei com uma luz ofuscante, contrariei-me, e vi. Vi o que mais haveria de mim...
Como enganar-me? Olho para tras, fora e de mãos na porta, pesa-me a razão. Equaciono a anormalidade, formulo teses baseadas no abstrato, revolto-me, assusto-me, esta luz ofusca-me de tanto que vejo.

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