25 junho 2009

Running to the water

Por uma razão ou outra, a noite acompanhou-me numa vigilia silenciosa de mim. Fechei os olhos e não dormi, deixei-me embalar pela musica que fui escolhendo, de vez em quando, ia à janela ver se estava tudo igual.
Ouvi a chuva lá fora, abri a porta e molhei a cara. Tenho as faces ardentes e sinto-me mais que cansada, dormente.
Sinto-me alienada, trespassada, logo agora quando daria pedaços da minha vida por mim. "O sono vem quando tem que vir", mas o meu corpo ressente, acompanho-me de um lado para o outro, esqueço-me porquê, volto para trás e relembro, outra vez.
A minha mente enlouqueceu, ja deu duas voltas ao mundo, já se perdeu e encontrou, tem milhões de imagens, ideias, lugares, fala e faz-me sentir, mas não consigo agarrar nada. Não tenho poder.
- Hoje vamos conversar
- Se é uma daquelas tuas conversas, não queres deixar para depois?
- Não
Olhei para o verde que me acompanha, com quem cresci, que sorri, com quem antes acordava e cantava, às vezes só para mim. Vi-o partir na direcção decorada , como um cronómetro preciso, sei o que é preciso, o que falta. Falta-me a mim. De metade faço o meu todo, como já antes fiz, sou corpo e mente que precisam de se encontrar.
Mais uma vez não tenho luz, as unicas coisas acesas aqui são o meu cerebro e o meu computador e o meu amigo. Nem vou divagar acerca disso!

1 comentário:

Inês disse...
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