01 novembro 2009



Não consigo..
Não consigo, a minha mente foge,
todos os meus sentidos são maiores que eu.
Tens o poder de escrever na pele das minhas mãos
De existires em todas as coisas que vejo
Tens o dom do vento que me mostra direcção
Existes em mim , sempre
mais forte que medo ou razão
Tens a mestria de uma vida que não percorri
A minha trouxe-me aqui.
Estou tão cheia de mim e perdida
Entre a noite e o meu amanhecer.

O tempo, os teus gestos disformes
que entendo, que aceito
que me ferem certeiros.
E me negam ilusão
Machados lançados
em grito de guerra
que me acordam
que me estonteiam
que me elevam.
O tempo que anseio se transforme
um segundo,
um gesto,
sem razão.
"odiaria que a morte me vendasse os olhos, e poupasse, e obrigasse a passar rastejante"