09 fevereiro 2009

Anonima

Ensinaram-me cedo o significado da palavra... Termo novo, finalmente aconchegava o significado do inexplicavel em mim, reconhecia a comunhão dos meus mais secretos deuses antes designados de rebeldia, liberdade, evasão, desilusão, antagonismo da pobreza de espirito... Era mais que isso, era uma necessidade carnal de mais, era um sede ardente de querer, de entender, de ultrapassar-me antes mesmo de viver!


No meu reflexo no espelho, ainda revejo a dureza do seu significado, ainda lambo as feridas sofridas e não saradas de um passado desvairado em busca de coisa nenhuma que sempre faltou em mim... Nem me lembro de quantas vezes depositei na mais completa podridão pedaços de mim, sem razão, como moeda de troca de mais uma evasão!


Entre o deve e o haver não havia reflexão, apenas a minha vontade de assim ser. Como se tudo pudesse estar à minha mão. Atropelava quem passava por mim, gritando vozes de consciencia. não queria ouvir! A minha pressa em apagar os sentidos e correr à sombra da minha propria desgraça, era desumana!


Hoje, no meu sossego conquistado, revivo tantas historias, tantos becos sem saida, tantas lagrimas secas no meu passado

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