23 abril 2010


E isto tudo somado e noves fora, fico-me, claramente significa, adormeci num mundo igualmente adormecido, despertei, espetei-me ao comprido, vegetei, armei guerras e caos, pintei esferas no vazio e enfiei-me numa cela comigo, uma estranha. E agora? Agora preciso, era o que me faltava cair de novo na guerra ou na dormencia, e por favor, não quero paz, quero mar, quero terra, quero o que for preciso, que o meu sonho foi o fruto desta porcaria, deste lixo. O homem não existe, fragmentos, espelhos e transparências, talvez por isso o aluguer de prazer não exista nesta margem. o Homem existe, existirá um dia, sem ofensa, ironia ou dormencia, sem a calmaria da certeza, um louco, um viajante, capaz de me ver, antes de mais nada, Depois, agradeço, as palavras e as feridas, desconhecido, por descobrir, em fuga e presente, sem defeitos à primeira vista, um lixo de vida por dentro. Forte, e de lágrimas na mão, adição de mil estações que não foram nenhumas, esperança, desconhecimento e desassossego, e o que não conheço, uma tela em branco, muito maior que a minha, una e principiante.

2 comentários:

Miguel disse...

Amiga, deixei uma lembrançazita no meu espaço de poesia. Tudo de bom.

Miguel disse...

Espero sinceramente que esse dia venha a existir, porque me parece que tudo será bem melhor do que é hoje. Bom fim de semana.