19 abril 2010

Vagamente pesada, de vagas e de peso. Peso que não teço nem creio. Peso é como uma pedra que nos  excede e por isso, arremessamos, é como uma bofetada que oferecemos com laivos de gargalhada. Desabafo.
Tudo, menos não ver nada.
Apetece-me dizer coisas parvas
dar umas bofetadas pesadas

A terra que piso, nunca, nunca há-de ser nada, chorosa, risonha, correndo e rindo, pequena, grande, despida ou descalça,  tem as cores com que pinto a vida, tem os passos que hoje são só meus, tem as palavras todas que conheço, tem as imagens que guardo, tem eco que basta, vem cá de dentro, conquista cada vez mais clara.
Não havendo adivinhos, o retorno tem procura e a resposta é mais pergunta, e as histórias, as minhas, hão-de ter sempre cada elemento que me ilumine, que esgotei há muito de mãos nas ancas e aparências.
S.A. é só uma, sou eu, só uma. é uma adivinha a que hei de responder, Mas nunca, nunca, mais uma, a somar ao acréscimo nojento.

Quero mar e muito mais, sacudo a poeira dos livros, quero ar, pouco me importa se brilho, se me deixo, ou se não, estou desperta. Pedrada em cada ego somado de uso e gargalhadas. Ao nada. A grandeza não é soma, não a minha. Mas é nada, é principio, é tudo de novo, é ancora içada, é o que for preciso, é o que me der na gana. Pobreza desgraçada, cega de brilho comprado. Tanto tempo, tanta magoa, afinal, ainda penso, agradeço ao medo, por tudo e por nada. Afinal, sabia, bendita voz que me ilumina, calada.
Porta fechada, trancada, batida.

2 comentários:

manuela baptista disse...

...algo a dizer?

umas vezes sim
outras não...

ler sim! a sua escrita intimista, bonita, absoluta.

o que é que quer?

às vezes, também a mim
me apetece dizer coisas parvas :))

um abraço

Manuela

Moi disse...

Quantas vezes o que escrevo não passam de coisas parvas...
Desabafos para o branco papel ou o negro do ecran!

Angel