20 fevereiro 2010

Por um dia, celebro a harmonia de ser vida, de ser em mim, mais forte que as ruinas ancestrais das palavras. Celebro a madrugada que se fez, celebro a foz e cada nascente de agua e terra que o meu olhar transborda.
Ergo as mãos suadas à lua pequena e peço ao vento feroz que dispa o mundo, que me inunde de ser capaz de me fundir na voz que a noite mais clara traz.
Por um dia, recordo o futuro desenhado a giz numa pedra cinzenta e que a inercia levou.
Desenhado em mim.

1 comentário:

Miguel disse...

Por um dia..., parece sempre tão pouco quando a vida às vezes parece tão longa. Nunca por um dia, mas todos os dias é com um prazer inenarrável que leio esta escrita que tem o dom de nos tocar. Bom fim de semana.