13 fevereiro 2010

Senti-me envolta num abraço que foi, num instante, mais que vida. As palavras saiam cortadas, saiam misturadas com medo de as dizer, fui falando, fui ouvindo, sem pedir, fui ouvindo a minha história, o que me trouxe aqui, a voz serena da tua história, a memória de mim.. e no fim, de cara molhada, tão mais leve, não esquecida de cada pormenor que me sujava, afinal o que se passa é somente perceber a alegria de tratar de mim e decidir.

Choro por ser mais que anedota , tem-me doido tudo, tentei decidir sozinha e aceitar a gargalhada que me cabia, e cá dentro as queixas não serviam, e o que servia era demasiadamente grande e a minha mente dormente esquecida de vida e eu calada, e ela ria, e eu chorava mais ainda numa seara acastanhada e pedia e recebia nada. Se precisava ou não, nunca saberei, sei que me senti como no dia em que me sentei e arrisquei tudo. E a tua voz, calma, e o carinho.
Devo-te o inicio, cada um, e as lágrimas fizeram um sorriso de alivio, não estou louca, estou comigo.
E risco mais uma linha do meu papelinho
É bom o que sinto, é de mim que falo, um momento pequenino de vida, de fé, de crédito.

Obrigada mãe!

1 comentário:

Sonhadoremfulltime disse...

Amiga,
não posso arriscar a comentar tão belas e sentidas palavras.
Recebe um abraço apertado de alguém que te admira pelo que escreves.