28 outubro 2009

太鼓


Taiko Drums

Um ribombar ritmado, pulsar de emoção que me treme. Um som absoluto que enche o espaço silencioso, atento.
Levei-o comigo na distancia que percorro, tardia, um poente avermelhado, misturado com a névoa solene. Segui mais à frente. Um campo castanho, cheiro a feno, parei e aspirei o que ouvia.
O som dos tambores misturados com a pulsação ajustada, o fim do dia, ensinava a minha mente dorida a esquecer. Cada vez mais alto, como um soar que se aproxima.

Perdi-me do tempo, cheguei atrasada, ofegante, valeu pelo momento comigo que fica.
Mil imagens, arco-iris com mais cores, saudades de um tempo em que eramos mais que regrados e pensantes, eramos alma drogada, eramos gente errante em busca de madrugada.

Saudades de não me deter, por nada, não querer saber o passo seguinte, albergar-me numa esquina pelo prazer de não ser.

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