08 outubro 2009

Segundo dia.

Respondendo a um voltar de cara, embrulhei-me num pensamento, com um laço vermelho e segui em frente. Hoje gostei da escola. Gostei porque aprendi. Habituada a senti-me deslocada, hoje, consegui alhear-me de tudo, focar-me no que me move. Lembrei-me, revi-me...

Enchi paginas de notas, não senti as horas passarem e, enquanto o cansaço me chegava, ainda me dei tempo de molhar a cara com a chuva, antes de vir embora.
Não gosto de contabilistas, não gosto de Escalabitanos e muito menos de Almeirinenses. Gosto dos livros que vou estudar, do esforço a que me obrigo e desta vontade de saber.
Acarinhada pelas poucas e verdadeiras palavras amigas, a minha noite produtiva e a minha criação. Dê por onde der, estou aqui, de costas bem voltadas para a cegueira e fascinada com uma força que nunca soube de onde vem, nas horas que demoram e são tristes.
Tal como a "alternancia de ciclos", acredito que o mesmo me assiste.

Tenho saudades dos meus sorrisos dos gestos impensados e da luz que me acompanha, sempre. Noite escura, farol de luar, mar distante, não visualizamos o que não conhecemos. Os trovões ouviam-se ao longe, enquanto da janela se avistava uma planicie luzente.
Envolta em mim, e na estrada deserta, voltei, acompanhada da dor já cronica, com chaves de acesso que funcionam e uma vontade enorme de alcançar.

Rejeito o que não seria capaz de devolver nos mesmos parametros.
Não quero.
Sinto um vazio qualquer, ressaca fisica e mental, despertar emocional de silencio.
Amanhã, será outro dia.

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