18 outubro 2009

Matemática

Dia preenchido a estudar. Livros espalhados, equações, funções e dominios. Planos abstratos em que me guardo neste dia. Sabe-me bem este fresco que se anuncia, o casaco que trago e as meias de lã.




A minha memória tende em trair-me no esforço teórico de armazenar. Tenho momentos em que ponho tudo em causa. Queria entender, visualizar. Queria um abraço que me explicasse melhor.
Sou eu própria uma lição a mim mesma.


Conceitos trocados, venho de um tempo não muito distante em que admirava quem me ensinava de um estrado de madeira. Nomes sonantes, que me marcaram nas opiniões que ainda mantenho e desenvolvo. Hoje, não há estrados por conceito "disruptivo" de parecer superior, há faces vulgares com quem converso de igual para igual. Estranho. Adicionei um professor no messenger e falamos como se fossemos frequentadores de lugares comuns. Disse-me que tenho um ar diferente. Não respondo. Sinto que preciso de referências, de horizontes distantes e pouco desta minha propensão para não gostar.
Gosto de gente distante, que eu não entenda, que não diga "há" em vez de "ahhh", gosto de não conhecer e poder adivinhar, gosto da surpresa que as ultimas impressões guardam, gosto de gostar depois de saber ver. Gosto de me sentir pequena de fronte ao mar. Gosto de estudar e demorar a alcançar.
Gosto das conquistas suadas, gosto deste medo de não conseguir.
Gosto de alternar as equações com as imagens que me tornam viva.

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