21 janeiro 2009

Incoerencias

Entre o deve e o haver.. Entre o vazio e a plenitude...
Percorro uma distancia de um segundo imaginario, de uma caminhada obrigatoria...
Revejo-me na atração dos opostos, não dos mais banais, dos carnais, dos mortais... Antes na guerra selvagem e saborosa pelo dominio da minha alma...
Sou alma, corpo, mente sã, razão insana, sonho de criança, dor de idosa...
As minhas armas manipuladas com a destreza de quem se esconde e afronta de surpresa, as multiplas caras que sei fazer, os papeis que sei protagonizar, as infinitas reservas à minha bestialidade e genialidade.
Quem sou eu ?? Sou isto tudo, não sou de cá, não vim ver a bola, não vim para ficar, vim para continuar, nem sei para onde ir, mas preciso de ir... O preço da estagnação é demasiado elevado para mim...
Saboreio o prazer da vida e engulo a seguir à procura de mais...
Procuro o complemento do que ficou a meio, a perfeição, a conciliação, procuro o livro de instruções... ainda acho que ele existe. Se o encontrar, vou rasga-lo de certeza, só quero saber que o descobri... nao quero saber mais nada!
Sinto-me perdida nos meus reflexos, nas minhas imposições e contradições conscientes, nas verdades que defendo com a minha voz... Mais tarde, em silencio, reconheço não ter a certeza de nada, apenas deste rebate de vida que me preenche e esvazia...
Sinto-me perdida nas amarras que me sossegam e seguram, fui eu que as criei, são importantes para mim, mas olho para elas de soslaio, desconfiada se são minhas aliadas...
Sinto me perdida nas infinitas possibilidades das minhas escolhas... Encontrar-me-ei mais tarde no reflexo do amanhecer, na claridade dos meus despertares
Sou ser pensante, vivente, incoerente, inconsciente, tenho um querer urgente !
Sou viajante, gritante e tenho este mar à minha frente!
Tem o mesmo tamanho imaginario!

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