07 janeiro 2009

A insustentavel leveza do ser

Este livro, cheio de sentidos, de vida, marcou a minha.. Tão profundamente que me revejo em cada página, cada sentimento, cada extremo...
É uma viagem no mundo do querer e ter e não querer e sentir !!!


"Para Sabina, viver significa ver. A visão encontra-se limitada por duas fronteiras: Uma luz de tal modo intensa que nos cega e uma obscuridade total. Talvez seja daí que lhe vem a repugnância por todos os extremismos. Os extremos marcam a fronteira para lá da qual não há vida, e, tanto em arte como em política, a paixão do extremismo é um desejo de morte disfarçado."

"... Franz é forte, mas a força dele está unicamente voltada para fora. Com as pessoas com quem vive, com aqueles que ama, é muito fraco. A fraqueza de Franz chama-se bondade. [...] Então perguntou a Franz: 'E porque é que de tempos a tempos não te serves da tua força contra mim?
- Porque amar é renunciar à força', disse Franz, com duçura.
Sabina percebeu duas coisas: primeiro, que aquela frase era bela e verdadeira; segundo, que, com aquela frase, Frans acabara de se desvalorizar para sempre na sua vida erótica"

"Mas o que acontecera ao certo a Sabina? Nada. Deixara um homem porque queria deixalo. Esse homem tinha vindo atrás dela? Tinha querido vingar-se? Não. O seu drama não era o drama do peso, mas o da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser."


A insustentavel leveza do ser - Milan Kundera

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