07 julho 2009

Consciência II

Agora canso os olhos e liberto a alma que tenho.
Adiar o quê?
O companheirismo e a empatia tomaram agora conta de mim. Contra alguns e contra os outros, a lua hoje iluminou-me e aconselhou-me a encher-me, como ela.
Se me contasse a minha história, acho que rir-me-ia!
Afastei-me, separei-me, sem encontrar espaços, sem palavras, como sempre foi, sou bilingue e estou calada e continuo com a sensação que só me encontro mais à frente.
Ontem queria, tinha, medianamente esforçada, conquistava, e não via mais nada. Hoje sinto mais do que tenho e vivo, respiro tão fundo que me ouço, sei pouco.
É um sentimento forte, denso e invade-me devagarinho, contrario os conceitos que aprendi e rio-me dos artigos possessivos, leio livros antigos, reencontro aqueles que já não via, vejo espaço à minha frente.
Gosto desta calma que me invade a seguir.
Suspirei até sentir o mais fundo de mim. E basto-me, conheço-me, numa noite, num dia, hoje, amanhã, adiar o quê? Eu sinto!
Apetecia-me ler-me, estudar-me e entender-me e a seguir esquecer-me e apaziguada, limitar-me a viver.
Estou à espera de ser descoberta! Por mim?
E aquela palavra sentida...
Isto é novo para mim.
Vou pôr um anuncio na lua e tu respondes, por mim!

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