29 outubro 2009

Destroços de abandono e de espera descomprometida. Descrédito num mundo ocasional, pousado num telhado altaneiro repleto de sentir efemero que se esquece e despede.

Reformulo um conto que me fez viva, numa ironia induzida, como uma droga de curto efeito. Como qualquer outra, que antecede a próxima.

Fui vestida de um silencio que não esqueço. Sem semelhante, este embargo de peito, que me fere tanto.

Noite escura, cheia de mim e do despertar magoado do meu amigo.
Aceito o que mereço e desvio o olhar molhado para as minhas mãos. O que me habita, fica no meu direito.
A equação do meu valor. Como se despedem sentimentos que não são ideias?

Fica este ser tão amigo, que me ensina todos os dias.
O resto que se foda!

3 comentários:

Luz disse...

Nem sei o que dizer...
Sinto cada palavra, cada sentir aqui expresso...
Neste momento só posso dizer..., força..., ainda que não seja fácil.

Abraço amiga

Sonhadoremfulltime disse...

Amiga,
Há termos perdidos e termos achados. O ébano e o carvão das esperas e das despedidas.
Apenas na linha criada há passos, uns detrás dos outros, passageiros de emboscadas como palimpsestos de fogo.
E no efeito de uma sombra, as palavras avançam diante do dia, da lua, do sol. Entre o murmurar do lábio e o grito do desespero.
Sei o que sentes, por experiência própria.
Estou contigo nessa dor e nesse grito.
Abraço

continuando assim... disse...

como podes aceitar o que mereces ... ou como podes determinar que só mereces o que pensas merecer ??

beijo

e uma festa nesse amigo

teresa