19 outubro 2009

É nada

«Quando se escutou o corpo, diria o desejo, enfim, o que é imperioso dentro de nós, quando se escutou até que ponto o corpo pode gritar ou silenciar tudo ao seu redor, levar a vida inteira, as noites, toda a actividade se não conhecemos a paixão que assume esta forma, a paixão física, não conehcemos nada.[...]
Não existe presente.
Existe um passado assombrado pelo futuro e
um futuro esquartejado pelo presente.[...]
Quis dizer-lhe
que o amava.
Gritá-lo.
É tudo.»


Marguerite Duras
em , 
É Tudo

2 comentários:

PAS[Ç]SOS disse...

'É tudo' tão simples, tão demasiadamente simples de sentir, mas quantas vezes demasiado difícil de dizer. E é essa corrente controlada que acaba por se sentir impossível de segurar. E então... porque não gritar?

Luz disse...

Sentir pode até ser simples..., mas para quem o sente com verdade e sem medo. Gosto de o sentir, de o dizer e digo sempre quantas vezes forem necessárias e, se caso disso, também o grito porque é em mim que ele vive.

Mais uma autora que faz parte do meu elenco, obrigada e, grita !

Abraço