06 outubro 2009

Estou onde não estou, sinto sem expressão o que ficou por não estar. Sinto-me incapaz de não dizer, de não entender o que entra em mim em ondas de tristeza. Sei que não sou precisa mas há uma alma em mim que precisa de dizer, de sentir o que de mais verdadeiro habita cá dentro: Sentimento.

Mesmo neste espaço onde me deixo. Onde me arrogo o direito de ser, de escrever, de permanecer em palavras, sem resposta, pensamentos comigo, incoerentes, deambulantes, sentidos de um ser que às vezes, nem revejo; não sei entender a ironia com que a vida se decide, o acto aleatório com que somos apontados rumo ao destino incoerente, sem fundamento.
Sinto-te, estou contigo, dou-te um abraço do tamanho do que tenho e desejo, que amanhã, tudo esteja melhor.!

Sei o quanto és capaz de amar, sei o quanto sofres em silencio, posso nem saber muito mais, mas sei o quanto és. Sei que, não vale nada, mas tenho palavras sentidas, tenho tão mais que isso, no quanto te quero bem.

4 comentários:

PAS[Ç]SOS disse...

Talvez os pensamentos, alguns pelo menos, sejam para guardar. Talvez sejam uma fatia da nossa privacidade. Os sentimentos precisam de ser partilhados. E quando falta com quem, ficam as palavras, presas no papel, derretidas pela vontade, voando em céus desconhecidos à procura dum olhar disponível, entendedor. As palavras são esse rio que nasce em nós e desagua nos mares de quem as acolhe. E quantas mais libertamos, mais espaço criamos para outras encontrar. Para novos pensamentos guardar... pelo menos até amanhã, quando tudo estiver melhor.

Anónimo disse...

Eis o que nos motiva para a vida e nos diferencia dos outros seres vivos...

Sonhadoremfulltime disse...

Olá,
obrigado pelos sempre doces comentários que me deixa no meu espaço.
Hoje, no meu blogue A Traição do EU, escrevi um texto baseado neste que li.
Espero que me não leve a mal a ousadia.
Um abraço

Luz disse...

A vida, por vezes, parece empurrar-nos precisamente para onde não queremos ir ou, será antes nós que deixamos que assim seja!?... Não nos libertamos de tudo o que temos dentro e podemos dar e, queremos tanto fazê-lo entender a alguém que nos escute, que nos saiba olhar nos olhos e possa sentir o abraço e, o tanto bem que lhe queremos. Como lhe dizer, como o fazer acreditar neste sentir tão sentido que nem sempre necessita de palavras ditas, mas de silêncios sentidos!?...
Há momentos assim que nos invadem e parecem querer tolher-nos a alma que sangra...
Vamos ter esperança e acreditar porque algo em nós vai brilhar.

Abraço