19 agosto 2009

The journey continues...


Tipificados por nós, sedentários e pouco sonhadores, que cada vez mais nos rendemos à aceitação muda e surda, perdemos o entendimento desses que partem, credores de uma vida sem lugar aqui.

Os primeiros cruzaram noites escuras, beberam dos poços, descalços, em montadas emprestadas por quem ainda levantava a voz à disfarçada inquisição. Lutaram, esboçaram sorrisos, sem expressão, em lugares saudosos, guardiões mor da minha patria, da essencia desta terra que pisamos sem sentir.

Chateiam nas estradas quando chegam, empatam, fazem-me rir na minha ignorância desnecessária, prossecutores do pimba e do rasca, da tasca da aldeia que se enche de histórias sofridas e enfeitadas. A ilusão comanda a vida de mais uma jornada de volta, consciente ou carente de ter um fim. Um dia...

Não me é dificil entender a linguagem trocada, os laivos de magnificência, podiam-se encostar à direita nas estradas e ouvir outra musica, podiam não precisar de mostrar tanto nestes dias, porém perderiam um encanto sazonal que ilustra este pais inerte, cansado e ausente.

Porque as remessas contam para o rendimento e produto nacionais, o governo esquece mas agradece e, aos outros, tal como tudo, fantasia uma burocracia hipocrita aos que se enganam e buscam o sonho aqui.

Emigrantes e imigrantes, compradores de sonhos em troca de terra e carinho. Admiro-os como devo à vida, ouço-os e penso que, pequena sou eu em julgar o que nem conheço.
Homens e mulheres grandes!!!

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