14 agosto 2009

A minha Luz

Entrou na minha mente, de mansinho, como que explorando, pedindo licença com carinho.
Cascata refrescante de ideias, conhecimento e sede de saber mais, de encontros de palavras, descobertas de lugares ausentes, tempo intemporal, chuva quente de sentidos sem voz presente, sentidos adormecidos que se espreguiçam numa cadencia de despertares singulares.
Remexo na minha bagagem de mão, a desilusão, a banalidade, a terceira impressão, tornada certeza, o que vem a seguir à aparência, a fuga e remissão. Instrumentos rudimentares, inuteis.
O silencio ecoa sentidos unidos.
Aperto os meus lugares para lhes dar lugar, cresceram, vida própria, nova vida. Sem expressão corporal, vejo uniões, õs sonhos guardam corpo que já não é só meu, reivento a ilusão da loucura dividida, mais lucida que a percorrida. Apoquenta-me a razão de antever um caminho nebuloso e de luz intensa, raiada de historias multicolores que criam ainda mais vida. Tremo e calo.
Ouço. Sinto.
Fujo sem sair de onde estou, apaziguo-me com permissas e limites finitos, de mãos dadas, abraço a vida, percorro distancias com um simples olhar, divido contos singulares, lugares, vida, vida, vida.
Caminhada colorida de cores que não conhecia, de descobertas do significado de me deixar ser, levar, ser. O raiar mais bonito, o despertar mais desperto e sereno.
História tão bonita. Acompanhei duas com fim adiado, continuado, entendido por mim, distante, perto, significado de conceitos que apreendo, parecidos e mascarados.
Deixo-me, solto-me, entendo, sinto, sinto tanto, dou voz ao sentido, explosão de razão cheia de vida, sim, não.
Conheço o dia como noite, adormeço, desperto, duas faces da lua, magnifica, escura, amo as duas, enterro a minha mala de mão, tremo com mãos e furias, perco-me, encontro-me, afogo-me e salvo-me.
Entendo, não entendo.
Recebo o que dou, não tenho o que peço.
Esta luz não me cega.
É a minha vida. A minha razão.
Ergam-se vozes vazias, ponteiros e trovoadas. O sonho acompanha-me na voz da saudade, da minha expressão nascida, que aprenderá a andar.
Atravesso a caminhada mais sentida e dificil, deixem-me passar, nem que seja a gatinhar, por enquanto!

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