12 agosto 2009

Naufrago


Permaneço imovel na escuridão
Amanheceu
E guardo em cada mão,
um laço sem tempo, nem regaço
Sinto água que se move
debaixo dos meus pés descalços
Água fria, transparente
Sem reservas
Sem me ver.
Passos soltos
Sopros,
Laços
Do outro lado da lua
Vejo-me cheia, tua
Naufrago nas aguas que correm
Devolvo-me à corrente
De saudade.




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