12 janeiro 2010

Farsa, farsa, farsa!
Foi como pancada, como nunca pensei que fosse
Foi um rasgo de som que me atacou, primeiro de dentro, de assalto
Senti a minha cara gelar, naquela sala escura e mentirosa
Naquelas faces ruidosas
Que vergonha de me ter deixado ali
De me ter esquecido que ali se vestem capas,
se trajam imagens
Que nada sou afinal, nada valho e nada ocupo
Nada!
Estou rasgada, espezinhada, amassada por dentro
Estou esvaziada de tudo o que não é nada.
Como num rugir rouco
me reduzi a nada?
Como é que fui capaz de chegar aqui?

Meu Deus que farsa!
Que egoismo, que frieza
Estou tão magoada, tão perdida, tão farta
Vi o céu ruir, o meu
Vi a terra fugir-me dos pés, a minha
Como é que eu não vi?
Como?


2 comentários:

Manuel disse...

Fiquei sem palavras. Que dizer perante o enigma desta farsa?

Luz disse...

Amiga da alma,
Como diz o Manuel é de ficar sem palavras...
E tal como tu diria tudo o que aqui dizes, sinto tudo o que aqui sentes e, transcrevo aqui, agora "Meu Deus que farsa!
Que egoismo, que frieza
Estou tão magoada, tão perdida, tão farta
Vi o céu ruir, o meu
Vi a terra fugir-me dos pés, a minha
Como é que eu não vi?
Como?"

Uma farsa e tanto..., será!?...
Não quero acreditar!

Abraço de Luz