05 setembro 2009

Paz!!!!!!!

Respirei.
Análises à distância, distancia programada, distancia fingida, propósitos ocultos que sempre previ, desvinculada, por  quem não viveu, julga, mas não sabe.
Não admito ser analisada. Quem me ama, vê-me, sente-me, quem nunca me viu, não tem capacidade de analise, os pressupostos são vivencias tristes e pobres, não sou eu.

Já não quero ser vista por ninguém.
Ver, sente-se e são muito poucos os que o souberam fazer.
Não quero nesta minha nova presença, um unico rasgo do que não me pertence nem me conhece.
Como diz Pessoa, à minha volta ouço verdades mas não ouço falar de erros, nem medos, não ouço falar da essencia, não ouço falar de nada.
Escarneço agora eu à distancia. O que percorri até aqui foram passadas marcadas por mim, espoletadas por erros, que de cabeça erguida, assumo e assumi.
Que se lixem os analistas, os falsos vivenciados e experientes, que se danem as palavras falsas e as construções sábias com propósitos claros, que ainda se automanipulam com a pretensão de ver. Cegos de sentidos, cegos porque simplesmente não convém ver.
Como odeio falsos profetas.
Como escarneço de justificações obvias.
Na verdade, na essencia, escapam-se de mãos apontadas, o acesso à inteligencia é universal.
A isenção é erronea, não é sentida, é unilateral, antevisões são evasões da pobreza de empreenderes viciados.
As vivencias, não as reconheço, não as subscrevo, por isso sou especial, por isso sou erronea, pequena e sonhadora, por isso não sou susceptivel de análises à distancia. Por isso choro, porque não sei, porque cada momento que hoje vivo custa, custa muito.
Sei tão bem sentar-me a analisar.
Aproveitem e analisem-se, atrevam-se a ouvir mais fundo, a olhar bem fundo, e já agora, vão-se todos foder.
Estou sossegada, no meu canto, choro sim, sofro, tudo é estranho, tudo é dificil, e mesmo assim, à distancia, há quem me sinta, quem me conheça e saiba quem sou.
Quem são vocês para me julgarem a mim, pela vossa experiencia, com quem? de que? para que?
Observadores de anti vida, leitores moralistas, poetas de pouca alma.

Sinto, neste dia, fruto de uma noite e de um dia claros, lucidos, a insustentavel presença de mim, por inteiro, una, defeitos, virtudes, visão minha, caminhada unica. Nela, habitam almas bonitas, almas que sem ter pedido, me acarinham, que entendem o medo e vivem as suas proprias guerras, tenho palavras quando choro, um abraço de conforto, mais um momento, ja fiz e farei o mesmo por cada uma, sem hesitar, sem esperar nem analisar.

Os outros não fazem parte da minha vida. Não os quero.
Quero-me a mim antes de mais.
Quero os que amo e sempre fizeram parte de mim.
Quero ser feliz! Sempre quis.

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