11 setembro 2009

O meu amigo

Cansada, levei o meu amigo a passear.
Este amigo estava à minha espera, de almofada e duas meias minhas na boca. Não hesitei, mereciamos passear os dois.

O mesmo sitio, as mesmas caras, as mesmas desistencias de acreditar no que a vida me ensina à custa de momentos que custam vidas , de desilusões e desistências, de ironias enfeitadas de decisões convictas.... Aquele sitio que me é estranho, encheu-se de vida.
As pessoas sorriam, olhavam, a empregada mudava de semblante, os transeuntes mortos vivos, ganhavam vida, as crianças paravam de pedinchar. O meu amigo, solto, feliz, distribuia alegria. Correu as mesas, uma a uma, deu lambidelas, sentou-se à espera de um petisco que lhe ofereciam, corria. Tão feliz o meu amigo!
De vez em quando certificava-se que eu estava ali ainda, sentada, orgulhosa de ser escolhida por este amigo, de vez em quando vinha só ver se me sentia.


Agora, esta aqui deitado à minha beira.
Nem imagina os momentos  que me deu.
Sem trela, hoje conquistou uma data de amigos e a cada um, ofereceu alegria.

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