06 setembro 2009

Primeiro dia calmo, penso eu, produtivo.
Tenho um obrigado do tamanho do mundo a quem tem levado comigo sem como nem porquê. Momentos de choro e de riso, momentos de furia e dor, momentos de medo e de vontade, de saudade e verdade.
É como se os opostos me fossem dando equilibrio, nesta inconstancia e demencia mental e emocional. Não encontrei nenhum manual de instruções para estas coisas e, os filmes e livros, não sei porquê, parecem-me irreais.
Tenho lido, porém, palavras que procuro, algumas confortam-me, outras banais, refletem apenas a antitese do que anseio.
Não há deuses nem diabos, não há culpados, há aqui, e só falo de mim, uma alma pequena que insiste em encontrar um lugar que sempre julguei existir.
Apaziguei-me hoje, sentada no chão da minha sala, revirei o meu passado em forma de papelinhos e desenhos, fotografias antigas, o meu diário, devaneios e sopros da minha alma. Tudo isto sou eu.
O meu amigo comeu qualquer coisa que não sei o que é. Mas gostou.
A vela com cheiro a morango está mais vermelha.
Nestas horas, percebo a herança que trago comigo, seres tão bonitos, adivinhadores dos momentos em que me fecho, cobram sorrisos, lembrando-me quem sou.
Esta madrugada parto para longe, vou voltar a viajar, como gosto, como quero, e preciso agora. Afinal, tenho contas para pagar.
Só quero o que me pertence.
E vou dizendo a mim mesma, mil vezes se for preciso, quando desacredito.
"Sou pequena, mas uma grande mulher"

Sem comentários: